domingo, 10 de outubro de 2010

A sinceridade não jorrava da boca para cabeça

A sinceridade não jorrava da boca para cabeça. Não havia uma via de comunicação entre ambas. Era incrível a angústia pseudo-interna que ele queria não sentir. Infelizmente, aquele detalhe se intensificava e despedaçava todas as esperanças dele.
Não havia Freud que arrancaria de suas entranhas todo aquele comodismo com sua sofrida realidade
Era um bullying.
A vida não era cruel com ele. Tudo era maravilhoso. Família com problemas como qualquer outras. Pais separados. Ficava sozinho às vezes e nunca parava de escutar a si mesmo e aos outros. Não parava de ouvir. Era interessante.
Mas ele nunca se ouvia, é. Essa é a verdadeira verdade
É uma fato também, para aqueles que o conheciam. Isso o envolvia e ele mesmo.
Não é complexo.
Essa noite ele precisava de se ouvir, e ele quis fazer isso.e finalmente entendeu o que fazer para acabar com aquele bullying.
Pego a chave de seu carro e se dirigiu a dirigir. Ele já sabia o endereço, já estivera lá umas duas vezes. E várias vezes em sua imaginação. Mas era aquele o momento. O iPod já estava devidamente preparado. “Love is Many Splendored Things” começou a tocar no volume mais alto que o carro suportava.
Ela saiu na sacada, com um hobby de cor pérola, tão suave, linda, flutuante. A seda caia bem em seu corpo, ondulando-o na vertical, enfatizando a sensação Angel que ela sempre passava.
Eu te amo. E você pode não sentir o mesmo, mas se eu não fizesse isso, hoje, agora, eu jamais faria. Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci. Além de ser extremamente inteligente, é muito divertida, interessante, e eu sinto uma conexão com você que nunca senti na minha vida. Eu te amo.
Vanessa abriu um sorriso e escorram-lhe lagrimas cintilantes.

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