domingo, 23 de março de 2014

, o primeiro recomeço

Posso reiniciar tudo já com minha bagunça?

Não.

Tudo bem.

Esse foi meu fim de semana da dança. Ensaiei sexta, sábado; mais tarde neste dia assisti a primeira mostra de danças urbanas e no domingo assisti um espetáculo da Quasar. Meus ensaios foram melhores do que as apresentações. Minha amiga apresentou bem, outros grupos não, e o contemporâneo não me agradou tanto quanto eu pensei que agradaria, a música barrou toda minha vontade de aproveitar o momento.

Reconheço que sou chato.

Reconheci que sou egoísta.

Fácil.

E difícil, porque nem sempre percebo isso em minhas atitudes, então deixo algumas passarem.
Não queria falar de mim [é claro que queria].

O que vi foi mais interessante. Recordo-me que no caminho para assistir dançarinos profissionais, vi dois homens que poderiam ser dançarinos, seus corpos pareciam ser de dançarinos. Eram negros, não se vestiam com roupas caras, suas peles demonstravam esforço e trabalho árduo. Muita luta e muito cansaço. Uma batalha diária no sistema capitalista. E os passos que davam não eram ao som das músicas de Elis e Tom, mas do tiquetaquear dos relógios da fábrica. São pessoas que dançam no escuro.

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