terça-feira, 14 de junho de 2011

A Repressão é um Fato Social

A idealização de George Orwell em 1984 se realiza mais a cada dia, já foi criado até um programa chamado Big Brother. Os iluministas já pediram liberdade e não conseguiram, os comunistas pediram liberdade e foram repreendidos, já passamos por totalitarismos e depois, autoritarismos, com a frota militar passando em cima de nossas cabeças humildes em pensamentos, nos deixando mais burros e nos impedindo de atingir uma maior intelectualidade.
Agora, na Idade Mídia, estamos no meio do nada, em cima de um pico de uma montanha rondada pelo limbo. E sempre há forças que nos empurram, sejam a televisão ,o governo e o pior de todos eles, a própria sociedade. Obviamente ela sofre a influência dos outros dois, no entanto o agravante é o fato de ela enquanto um conjunto durkheiniano não pretender sair desse mediocridade.
Mesmo que nós tenhamos uma parte do mundo dentro de nossas casas com o computador, não estamos indo à frente. Queremos apenas nos divertir, correr, pular, brincar, conhecer novas pessoas, sermos influentes, termos “amigos” para sermos convidados e sempre termos o que fazer no sábado à noite (sim, isso foi uma indireta à alguém).
Somos todos interesseiros, o problema é o interesse da pessoa em se relacionar com a outra. Acreditava que poucos eram aqueles do mundinho “high school americano”, porém isso é muito presente aqui (se me falam que eu gosto demais dos EUA, então fale isso para quem vive como eles).
Obviamente, o pior é a consequência, essas pessoas têm preconceito e não aceitam a liberdade do próximo de se expressar. Somos presos e acabamos não fazendo algumas coisas que gostaríamos. Não usamos certas roupas, não “sortamos nossa voz”, não requeremos nossos direitos (mesmo porque a maioria nem sabe quais são). Somos meros instrumentos daqueles maiores que querem ou que não querem.
É revoltante uma situação assim, nossa falta de liberdade, embora nós afirmamos “sou livre”, é uma mentira. Eu estou sendo livre a escrever isso e vou usar dela agora, mas e depois? Será que vou poder falar disso com qualquer um? Poderei sair às ruas e gritar “liberdade sempre” ? eu me reprimiria a algumas coisas. É comum a nossa própria repressão, pois nos acostumamos a repressão exterior.
Durkheim provavelmente analisaria a repressão social como um fato social. Ele independe de nós, os outros que nos manipulam e acontece com todos (é coercitivo, generalizado e exterior). Depois, obviamente, ele se torna individual, já que a pessoa se impõe limites inspirados na manipulação exterior, ela cria a idéia do que os outros não aprovam e como ela não quer quebrar com o comum, não se liberta.
Hoje existe o Twitter, o Facebook, o Tumblr, o Orkut, todos são ferramentas não para apenas entrar em contato, mas para protestar e se evidenciar enquanto ser social. Mostrar aquilo que é e não ter vergonha do que os outros podem comentar ou “curtir”.
Ainda tento me acostumar com o que é novo nas pessoas, eu ainda não tenho a consciência constante que o que o outro faz é porque ele quer fazer e ponto. O respeito é fundamental. Já desrespeitei amigos e uma chegou a deixar de levar materiais para o colégio só porque eu fiquei surpreso e exagerei com minha reação, por um lado, era brincadeira, mas quando vi que ela não levava mais um estojo cheio de marca textos, fiquei triste. Primeiro porque eu vi que eu a repreendi e segundo porque ela se curvou à minha repressão.
Não nos curvemos, sejamos fortes e firmes como quem somos. Temos liberdade sim, e temos o poder de tirá-la de outras pessoas com o SENSO COMUM. Vamos ter mais respeito, sem recriminações.
Obs.: tudo o que escrevi serve para mim também, não fujo a grande parte disso. Só resta saber se você sabe que também não foge.

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